No dia 4 da minha viagem estive em Miyajima, que é um ilha à qual se pode aceder através de um ferry em Hiroshima. Esta ilha encantada é protegida por uma grande Torii (entrada de santuário) vermelha no meio da água, tornando-a toda a ela sagrada. Vi tantos veados, que correm por lá livremente. Subi ao Monte Misen de teleférico, e desci-o a pé. Foi um dia cansativo e repleto de aventuras.
Depois destas aventuras na zona de Kansai, fui para Kyuushuu passar o fim de semana, que é das ilhas principais a que está mais a Sul e Oeste. Fiquei na casa da minha amiga Mk, com os pais dela e o irmão, e ainda duas outras meninas de Tóquio, a MM e a JF. Todas 4 nos encontrámos em Portugal há quatro anos atrás quando elas eram estudantes na Universidade de Aveiro. Foi maravilhoso a tantos níveis. Oita, a cidade gémea de Aveiro, foi onde fiquei, mais propriamente em Usuki. Encontrei o meu sonho Japonês naquelas montanhas cobertas de verde, com templos escondidos sob densas camadas de bambu. Onde as casas são todas de séculos idos, ou parecem ser. Um sítio onde passear na rua é reconhecer e ser reconhecido por quase todos, encontrando velhos amigos a cada esquina. Mas também um sítio moderno, com bares e lojas cheias de design, e de estilo. Visitei uma outra pequena cidade Yufuin, que é o paraíso para os Japoneses. Uma espécie de cidade museu, com onsen, árvores e flores por todo o lado. Tomei chá numa das mais bonitas casas de chá que alguma vez vi, e conheci um pintora de postais que estudou pintura em França. Passei momentos maravilhosos no fim de semana, e deixei parte do meu coração em Oita. Tenho de lá voltar.
E bem, na segunda-feira foi o regresso a Kansai, e a Quioto, onde já tinha estado brevemente. Quioto é cheia de tradição, e polvilhada de templos importantes, por isso é frustrante visitar. Os transportes, uma rede de metro com duas linhas, e os muitos autocarros que cobrem a cidade não permitem uma visita rápida, perdendo-se muito tempo nas deslocações. E os muitos pontos de interesse fazem com que a visita pareça nunca ir ter fim, por mais longo seja o tempo que temos. Mas ainda assim, vi templos lindíssimos, alguns perdidos na montanha, outros no mar da cidade moderna. Uns apinhados de gente, e outros quase desertos (esses claro que foram os melhores! Destaque para Daitokuji, um complexo com 23 sub templos, onde visitei dois!). Muitas aventuras, muito cansaço, alguma frustração, alguma tristeza por estar tudo a chegar ao fim. Enfim, estou num turbilhão de emoções diferentes, e amanhã já de volta a Tóquio para mais um turbilhão antes do regresso à Pátria. Às vezes queria adormecer e acordar já de volta, para não ter de passar por tudo o que implica preparar para ir, mas isso não é possível, por isso...
Agora vou sair do hostel e partir à visita e à descoberta de Nara, a última das quatro capitais que visito. As fotos são escassas, mas espero que gostem.
I am sorry but the journey has been keeping me running so that updating here has been a challenge. I am now going to sum up these past days.
On day 4 of my journey I went to Miyajima, by taking a ferry from Hiroshima to the island. This enchanted island is protected by a big red Torii (a shrine’s door), right in the water, which makes the whole island sacred. I saw many deer that run loose there. I went all the way to the top of Mount Misen, by taking the ropeway, but came down on foot. It was such a tiresome day filled with adventures.
After these adventures I left the Kansai area and went to the most Southern and Western of the 4 main islands of Japan, Kyuushu. I stayed with a friend Mk, her parents and brother, and also two other girls from Tokyo. The four of us girls met 4 years ago in Portugal while they studied as exchange students in Aveiro University. It was wonderful, just perfect really. I stayed in Oita, the twin city of Aveiro, particularly in Usuki. I found my Japanese dream in that place, in the mountains covered in green, with its temples hidden behind thick bamboo forests. A place where where all the houses are centuries old, or look that way. A place where to walk in the streets means to recognize and be recognized by most everyone, and old friends appear out of every corner.
But a place that is also modern, with bars and shops with great modern design and style. I visited a small museum like city called Yufuin, which is like a paradise for Japanese people. In there, there are trees and flowers and onsen everywhere. We had tea together in one of the most beautiful tea houses I have ever seen, and I met a painter who paints postcards and that has studied in France. It was a weekend filled with wonderful moments, and left a piece of my heart in Oita. I have to go back there.
Well, on Monday I returned to Kansai, and to Kyoto, where I had already stayed briefly. Kyoto, is a traditional city filled with important temples and for that is a frustrating place to visit. The transportation used by the tourists, which consists of a subway with only two lines and a big network of buses, make you spend a lot of time when going from one point to the next. The multitude of interesting sights also contributes to a seemingly endless journey, no matter how long you are able to spend in the city. But even though, I saw amazing temples, some of which lost in the mountains, other lost in a sea of houses in the modern city. Some overly crowded, and other deserted (which were by far the better ones, particularly Daitokuji, which consists of 23 sub temples, of which I visited 2). How to describe my journey: many adventures, great tiresomeness, some frustration, and some sorrow because it will all end so soon. In the end I am spinning through a confused mixture of feelings, and tomorrow I will be back in Tokyo to face one other mixture of feelings before returning to the Motherland. Sometimes I just wish I could fall asleep in Japan and wake up in Portugal, so that I didn’t have to deal with any of the things that need to be dealt with before returning. But that is impossible, so…
I am now going to leave the hostel and go on a trip to discover Nara, the last of the four capitals that I am visiting. Although few, I hope you like the pictures.