quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Dias 4,5,6,7,8 / Days 4,5,6,7,8










Desculpem mas a correria destes dias em viagem não me deixou muita margem para actualizações. Vou tentar resumir tudo o que aconteceu nestes dias de viagem.
No dia 4 da minha viagem estive em Miyajima, que é um ilha à qual se pode aceder através de um ferry em Hiroshima. Esta ilha encantada é protegida por uma grande Torii (entrada de santuário) vermelha no meio da água, tornando-a toda a ela sagrada. Vi tantos veados, que correm por lá livremente. Subi ao Monte Misen de teleférico, e desci-o a pé. Foi um dia cansativo e repleto de aventuras.


Depois destas aventuras na zona de Kansai, fui para Kyuushuu passar o fim de semana, que é das ilhas principais a que está mais a Sul e Oeste. Fiquei na casa da minha amiga Mk, com os pais dela e o irmão, e ainda duas outras meninas de Tóquio, a MM e a JF. Todas 4 nos encontrámos em Portugal há quatro anos atrás quando elas eram estudantes na Universidade de Aveiro. Foi maravilhoso a tantos níveis. Oita, a cidade gémea de Aveiro, foi onde fiquei, mais propriamente em Usuki. Encontrei o meu sonho Japonês naquelas montanhas cobertas de verde, com templos escondidos sob densas camadas de bambu. Onde as casas são todas de séculos idos, ou parecem ser. Um sítio onde passear na rua é reconhecer e ser reconhecido por quase todos, encontrando velhos amigos a cada esquina. Mas também um sítio moderno, com bares e lojas cheias de design, e de estilo. Visitei uma outra pequena cidade Yufuin, que é o paraíso para os Japoneses. Uma espécie de cidade museu, com onsen, árvores e flores por todo o lado. Tomei chá numa das mais bonitas casas de chá que alguma vez vi, e conheci um pintora de postais que estudou pintura em França. Passei momentos maravilhosos no fim de semana, e deixei parte do meu coração em Oita. Tenho de lá voltar.
E bem, na segunda-feira foi o regresso a Kansai, e a Quioto, onde já tinha estado brevemente. Quioto é cheia de tradição, e polvilhada de templos importantes, por isso é frustrante visitar. Os transportes, uma rede de metro com duas linhas, e os muitos autocarros que cobrem a cidade não permitem uma visita rápida, perdendo-se muito tempo nas deslocações. E os muitos pontos de interesse fazem com que a visita pareça nunca ir ter fim, por mais longo seja o tempo que temos. Mas ainda assim, vi templos lindíssimos, alguns perdidos na montanha, outros no mar da cidade moderna. Uns apinhados de gente, e outros quase desertos (esses claro que foram os melhores! Destaque para Daitokuji, um complexo com 23 sub templos, onde visitei dois!). Muitas aventuras, muito cansaço, alguma frustração, alguma tristeza por estar tudo a chegar ao fim. Enfim, estou num turbilhão de emoções diferentes, e amanhã já de volta a Tóquio para mais um turbilhão antes do regresso à Pátria. Às vezes queria adormecer e acordar já de volta, para não ter de passar por tudo o que implica preparar para ir, mas isso não é possível, por isso...
Agora vou sair do hostel e partir à visita e à descoberta de Nara, a última das quatro capitais que visito. As fotos são escassas, mas espero que gostem.


I am sorry but the journey has been keeping me running so that updating here has been a challenge. I am now going to sum up these past days.
On day 4 of my journey I went to Miyajima, by taking a ferry from Hiroshima to the island. This enchanted island is protected by a big red Torii (a shrine’s door), right in the water, which makes the whole island sacred. I saw many deer that run loose there. I went all the way to the top of Mount Misen, by taking the ropeway, but came down on foot. It was such a tiresome day filled with adventures.
After these adventures I left the Kansai area and went to the most Southern and Western of the 4 main islands of Japan, Kyuushu. I stayed with a friend Mk, her parents and brother, and also two other girls from Tokyo. The four of us girls met 4 years ago in Portugal while they studied as exchange students in Aveiro University. It was wonderful, just perfect really. I stayed in Oita, the twin city of Aveiro, particularly in Usuki. I found my Japanese dream in that place, in the mountains covered in green, with its temples hidden behind thick bamboo forests. A place where where all the houses are centuries old, or look that way. A place where to walk in the streets means to recognize and be recognized by most everyone, and old friends appear out of every corner.
But a place that is also modern, with bars and shops with great modern design and style. I visited a small museum like city called Yufuin, which is like a paradise for Japanese people. In there, there are trees and flowers and onsen everywhere. We had tea together in one of the most beautiful tea houses I have ever seen, and I met a painter who paints postcards and that has studied in France. It was a weekend filled with wonderful moments, and left a piece of my heart in Oita. I have to go back there.
Well, on Monday I returned to Kansai, and to Kyoto, where I had already stayed briefly. Kyoto, is a traditional city filled with important temples and for that is a frustrating place to visit. The transportation used by the tourists, which consists of a subway with only two lines and a big network of buses, make you spend a lot of time when going from one point to the next. The multitude of interesting sights also contributes to a seemingly endless journey, no matter how long you are able to spend in the city. But even though, I saw amazing temples, some of which lost in the mountains, other lost in a sea of houses in the modern city. Some overly crowded, and other deserted (which were by far the better ones, particularly Daitokuji, which consists of 23 sub temples, of which I visited 2). How to describe my journey: many adventures, great tiresomeness, some frustration, and some sorrow because it will all end so soon. In the end I am spinning through a confused mixture of feelings, and tomorrow I will be back in Tokyo to face one other mixture of feelings before returning to the Motherland. Sometimes I just wish I could fall asleep in Japan and wake up in Portugal, so that I didn’t have to deal with any of the things that need to be dealt with before returning. But that is impossible, so…
I am now going to leave the hostel and go on a trip to discover Nara, the last of the four capitals that I am visiting. Although few, I hope you like the pictures.





Dia 3 Hiroshima / Day 3 Hiroshima

Hiroshima:


Hiroshima, uma cidade marcada por um acontecimento trágico às 8.15 minutos do dia 6 de Agosto de 1945! No terceiro dia de viagem, 3 de Setembro de 2009, visitei esta cidade histórica, e aprendi tantas coisas.
Hiroshima é uma cidade mais pequena do que as que já visitei no Japão e tem um clima pacato de vida calma, com os seus rios por toda a cidade o encanto dos eléctricos que cortam as ruas. O meu 3º dia de viagem, anteontem, foi todo passado a visitar Hiroshima, e a aprender História a sério! A manhã foi consagrada ao sítio da Bomba Atómica. Lá vi a Cúpula da Bomba Atómica, as ruínas de um dos únicos edifícios que resistiu, junto ao qual está o Parque da Paz, com todos os seus monumentos em memória das vítimas, como o Cenotáfio, e a favor da Paz, como o Monumento da Paz das Crianças, e finalmente o Museu da Bomba.


Demorei mais de duas horas dentro do Museu, e a carga psicológica e emocional lá dentro são tão fortes que saí de lá com o coração despeçada, os olhos cheios de lágrimas e a cabeça a doer. Mas aprendi muito, muito mais do que teria aprendido a ler em livros. É chocante, é marcante, é devastadoramente presente, e realista, mas é necessário ver, ouvir, sentir e imaginar como terá sido no fatídico dia... Estava tão de rastos quando saí que nem sabia o que deveria ir ver a seguir, por isso segui os conselhos dos guias de viagem, que aconselham depois de sair de lá, ir descontrair para o Castelo (reconstrução do original, porque o primeiro foi varrido pela Bomba) e do Jardim Shukkeien (mais uma vez, reconstrução do original, porque o primeiro foi varrido pela Bomba). Visitei ambos e tenho lindas fotos para mostrar.

Hiroshima, is a city scarred by a tragic event that devastated the city at exactly 8.15 a.m., August 6th, 1945! On September 3rd, 2009, the third day of my trip, I visited this historical city and learnt many things.
Hiroshima is one of the smallest cities I ever visited in Japan, and it has a calming and relaxing feeling of a small city, soothed by the gentle flows of its many rivers, and the picturesque street cars that move along the streets. My third day of travelling was entirely dedicated to visiting this city and to learning the real History, as it is portrayed on the spot. The morning was spent in Atomic Bomb sight. In that area I saw the Atomic Bomb Dome, the ruins of one of the few buildings that resisted the devastation of the Bomb. Across a small river from the dome is the Peace Memorial Park, with its many monuments in memory of the victims, like the cenotaph, and in favor of peace, like the Children’s Monument for Peace. After crossing the park there is the Atomic Bomb Museum. It took me more than two hours to visit the museum, and it was necessary to struggle with intense emotions while visiting it. By the time I left there, my heart was in pieces, my eyes covered in tears, and my head was throbbing. However, I’ve learnt a great deal of things, more than I would in books alone. It is shocking, impressive, and devastatingly real, too real, but in the end, it is necessary for humanity to see, hear, feel and imagine what it must have been like on that day…
I was so down when I got out of the museum that I lost track of what I was supposed to visit next, but after a few moments, I pulled myself together, and took the advices of the travelling guides, that say that the Castle (a reconstruction of the original one since that one was swept away by the Bomb) and the Shukkeien Garden, aka shrunken garden (again, a reconstruction of the original one since that one was swept away by the Bomb) were good places to visit. I went to both and have lovely pictures to show you, I hope you like it.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Dia 2: Osaka / Day 2: Osaka

Que viagem esta, tenho corrido de autocarro nocturno em pensão de juventude, a visitar tudo o que posso em cada paragem, e isto não mata, mas cansa a sério!
O meu segundo dia foi passado ainda em Osaka, onde dediquei a manhã para o Castelo de Osaka (mas que valia bem a pena ter tido um dia inteiro só para ele). O Castelo é enorme, e ao longo dos 10 pisos tem sempre exposições, demora muito a ver, mas vale bem a pena. Eles recomendam começar do topo, apreciar as vistas (que são fenomenais) e vir descendo. Eu segui o conselho e não me arrependi.
A tarde essa foi passada numa exploração da história de Osaka desde os primórdios no Museu de História de Osaka, e depois disso num lindo parque fora do centro da cidade, onde foi realizada a Expo 90! À noitinha, e a precisar de fazer horas para o autocarro nocturno, ainda fui ao Sky Building de Umeda, ver os “Jardins Flutuantes”, como lhe chamam, e que é um observatório da cidade com 179 m de altura. Foi interessante, e as vistas dos rios de Osaka a juntarem-se ao mar foram simplesmente arrebatadoras. Depois jantei novamente em Namba, na Dotombori, e fiquei à beira-rio a ler e a apreciar a multidão de jovens que lá se encontrava a conversar, a beber, etc.
Entrei no autocarro, e parti para Hiroshima, mais uma noite na estrada! Espero que gostem das fotos.

Boy, what a trip I am into! I have been jumping around from night bus to hostel, and then to visit everything I possibly can in each stop. Ok, it doesn’t kill you but it sure is tiresome!
My second day was still in Osaka. The morning was fully dedicated to Osaka Castle (but a whole day would still allow to see many other things in there). The Castle is huge, and throughout each of the 10 floors there are exhibits, so seeing everything takes a long time, but is definitely worth it. It is recommended that you start from the top and see the marvelous panoramic views from there (that are simply breathtaking) and then coming down. I followed the recommendation and couldn’t be happier about it!
In the afternoon I went on an exploring trip to discover the mysteries of the city of Osaka since its beginning inside the Osaka Museum of History. After that I went to a lovely park on the outskirts of the city, built especially for the Expo 90! (Portugal held Expo 98!!!). At night fall I still had some time before the night bus, and went to Umeda Sky Building, to the “Floating Gardens”, which in fact are a simple circular observatory, 179 m high. It was so interesting, to see the rivers joining the sea from up there was simply an amazing experience. I went back to Namba’s Dotombori to have dinner, just like the day before, and then I sat next to the river reading and observing all the young people around me, chatting and drinking together.
I got on the bus and left for one more night on the road, destination: Hiroshima! I hope you like the pics!